- Você colheu a flor?
- Sim... – Ela mostra a poeira que estava na palma de sua mão.
- E ouviu essas palavras em sua cabeça?
- Foi... Como uma voz, como aquela criatura em nossas cabeças.
O Sopro do vento começava a levar os restos da flor pela montanha,
quando Soana num rápido movimento fecha a mão de Nihal e salva um punhado de
areia.
- Guarde-o! – Diz ela ao segurar fortemente os dedos da amiga.
- O pó? – Responde Nihal assustada - Onde vou guardar?
- Sim, deixe ver se tenho frascos vazios. – Responde Soana procurando
alguma coisa em sua mochila.
Ela pega um pequeno recipiente de vidro, como muitos outros que havia
utilizado para guardar seus venenos, e abre para guardar o pó verde que escorre
lentamente do punho de Nihal.
- Então vamos? - Pergunta Altair - À noite aqui, se for como dizem os
livros, será muito perigosa. - se repete ele.
- Vamos sim. – Responde Nihal.
- A verdade sobre isso não está só nos livros Altair, infelizmente já
passei uma noite na completa escuridão, mas antes de irmos – diz Soana
procurando outro frasco em suas coisas.
- Me ajude aqui Nihal, abra a boca desse nojento para que possa tentar
tirar algum veneno!
Ainda abalada, ela se posiciona atrás da cabeça da criatura e faz com
que suas presas fiquem imóveis para facilitar o trabalha de Soana.
O frio que o veneno provoca nos músculos da especialista é muito, sua
mão falha e as presas se quebram e o veneno escorre pela neve.
Com uma expressão de fracasso ela diz: - Vamos então... Levamos mais de
um dia para chegar até o centro do covil da outra vez. - Diz, enquanto acende
uma nova tocha para iluminar a escuridão e logo em seguida pega a que havia
deixado cair antes do combate, pois apesar de estar molhada talvez ainda
tivesse alguma serventia, e a guarda em sua bolsa.
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